Guia para começar a investir
Uma das principais dificuldades enfrentadas por quem deseja começar a investir é: como começar? Afinal, sem ter experiência no mundo dos investimentos, fica difícil saber o que fazer, em que investir, quais são os riscos envolvidos, como abrir uma conta em uma corretora (ou mesmo em um banco). Pensando na situação enfrentada por quem está começando a pensar a investir, resolvi elaborar este pequeno guia, que tem por objetivo ensinar um pouco do caminho das pedras.
1. Defina o seu perfil de risco antes de investir
A primeira coisa a ser feita é definir o seu perfil de risco. Isso é importantíssimo! Você precisa saber qual o seu perfil até mesmo antes de definir onde vai abrir sua conta para movimentar seus investimentos. Imagine que seu perfil é conservador: de que adianta abrir conta numa corretora de valores que cobraria uma taxa de custódia alta, se você só quer investir no Tesouro Direto?
Mas como definir o seu perfil? Nada de confiar cegamente nas cartilhas que os bancos divulgam, ou nos simuladores presentes nos sites do próprio banco. Muitas vezes, mesmo que seu lado psicológico indique que você é conservador, sua situação financeira exige que você adote um perfil um pouco mais ousado. Às vezes, acontece o contrário: você tem um perfil psicológico agressivo, que gosta de situações arriscadas, mas sua situação financeira exige uma abordagem mais conservadora em seus investimentos. Se você não sabe por onde começar para definir seu perfil.
2. Escolha a instituição financeira onde investir
Antes de começar a aplicar seu dinheiro em um investimento financeiro, destine uma parte do seu tempo na escolha de uma boa instituição. Pode ser o banco onde você já tem sua conta corrente, mas também pode ser outro banco ou uma corretora de valores. Mas avalie alguns fatores:
i) Os custos de investir na instituição escolhida: escolha instituições que cobrem taxas de administração menores pelos seus investimentos. Taxas de administração altas
podem comprometer irremediavelmente seu patrimônio!
podem comprometer irremediavelmente seu patrimônio!
ii) A qualidade do atendimento: antes de escolher a instituição, visite o estabelecimento e converse com um gerente ou com quem cuida da área de investimentos. Tente perceber se ele quer “empurrar”, desde o início, títulos de capitalização, CDBs e outros investimentos que trazem mais retorno para a instituição financeira do que para você. Procure se inteirar também das ferramentas que o banco fornece para seus investidores! Se possível, dê uma olhada no home broker (o sistema de acesso à compra e venda de ações pela internet) e consulte algum cliente da instituição a fim de saber se ele é estável e oferece bons recursos.
iii) Verifique a solidez da instituição: outro fator importante é a solidez da instituição. Dê preferência a instituições sólidas, que dificilmente desonrarão seus compromissos. Imagine ter R$ 20.000 na conta corrente, a instituição falir e você perder grande parte do dinheiro por conta disso!!
3. Começando efetivamente a investir
i) Forme seu colchão de segurança financeira
Definida a instituição financeira e seu perfil de investidor, é preciso começar a investir. Antes de mais nada, entretanto, é preciso formar seu colchão de segurança financeira. O que é isso? É uma reserva financeira de acesso rápido e fácil, que deverá ser utilizada para situações de emergência. Um parente que precisou de dinheiro e você resolveu ajudar, um problema inesperado de saúde que demanda gastos, um curso que você pretende fazer para se qualificar… enfim, uma gama imensa de situações poderia demandar recursos financeiros, e não tê-los poderia ser um desastre em sua vida financeira.
Definida a instituição financeira e seu perfil de investidor, é preciso começar a investir. Antes de mais nada, entretanto, é preciso formar seu colchão de segurança financeira. O que é isso? É uma reserva financeira de acesso rápido e fácil, que deverá ser utilizada para situações de emergência. Um parente que precisou de dinheiro e você resolveu ajudar, um problema inesperado de saúde que demanda gastos, um curso que você pretende fazer para se qualificar… enfim, uma gama imensa de situações poderia demandar recursos financeiros, e não tê-los poderia ser um desastre em sua vida financeira.
Em que investir para formar esse colchão? Existem diversas opções: a velha poupança, CDBs com resgate automático (isso é importantíssimo, já que alguns CDBs têm prazo para resgate), ou Fundos DI de curto prazo. Lembre-se que o importante, aqui, não é obter uma grande rentabilidade, mas ter dinheiro a sua disposição para emergências.
ii) Estude outras opções de investimento
Formado seu colchão de segurança financeira, já é possível passar para passos um pouco mais ousados. Mas, antes de sair investindo seu dinheiro em qualquer coisa, estude as outras opções de investimento. Leia bons livros e procure bons sites de educação financeira.
Por Fábio Portela - O Pequeno Investidor
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